terça-feira, 9 de outubro de 2012

22º Tema - Curso Online - Módulo 5


XXI  ARCANO DO TAROT – O   LOUCO
  Estudemos agora o arcano XXI   do tarô cujo hieróglifo é o   LOUCO. Examinando o arcano,   vemos um pobre louco que anda   sem rumo, sem direção, com   uma trouxa nas costas na qual   leva seus pertences, as roupas   em desordem deixam a   descobertos os órgãos criadores,   e um tigre que o segue morde-lhe incessantemente sem que ele procure se defender. Representa-se neste arcano, o sensorial, a carne, a vida material e também poderíamos representar este arcano com a estrela flamejante invertida. Todo iniciado que se deixa cair transformando-se no Louco do tarô. Quando o alquimista derrama o Vaso de Hermes, converte-se de fato no Louco do tarô. Precisamos aniquilar o desejo se queremos evitar o perigo de cair. Muitos mestres que tragaram a terra, muitos mestres ressurrectos converteram-se no Louco do arcano XXI por se deixarem cair. Basta que recordemos a Zanoni durante a revolução francesa. Ele era o mestre ressurrecto, deixando-se cair quando se enamorou de uma artista de Nápoles. Zanoni morreu na guilhotina, depois de haver vivido com seu corpo físico durante milhares de anos. Aquele que quiser aniquilar o desejo deve descobrir as causas dele. As causas do desejo estão nas sensações e precisamos compreende-las.
Há cinco tipos de sensações:

1 - VISUAIS
2 - AUDITIVAS
3 - OLFATIVAS
4 - GUSTATIVAS
5-  SENSITIVAS (TATO)

Os cinco tipos especiais de sensação vêm a se transformar em desejo. Assim, as causas do desejo encontram-se nas sensações. Não devemos condenar as sensações, assim como não devemos justificá-las. A atitude correta é compreende-las profundamente. Uma imagem pornográfica fere os sentidos e passa para a mente. O resultado desta percepção é uma sensação sexual que a seguir se transforma em desejo animal. Uma canção vulgar de tipo mórbida depois de passar pelo ouvido e pelo centro cerebral das sensações, converte-se em desejo sexual. Vemos um luxuoso carro, sentimo-lo e logo o desejamos.
    Provamos uma bebida deliciosa, percebemo-la com o olfato, sentimos suas deliciosas sensações e em seguida desejamos beber o máximo até se embriagar. O cheiro e o sabor tornam os homens gulosos e ébrios. O sentido do tato põe-se a serviço de todos os nossos desejos e então o EU goza no vício, anda como o Louco do tarô, de vida em vida com sua mochila nas costas, onde carrega todos os seus vícios reticulares. Quem quiser aniquilar o desejo, primeiro precisa analisar intelectualmente as sensações para depois compreende-las em profundidade .
É impossível compreender profundamente com o intelecto, o conceito de conteúdo encerrado em uma sensação. O intelecto é apenas uma fração mínima da mente. Se de fato queremos compreender profundamente o conteúdo substancial de uma determinada sensação de qualquer espécie, precisamos indispensavelmente da técnica da meditação interna.
 É urgente compreender profundamente em todos os níveis da mente. A mente tem muitos fundos e níveis subconscientes e inconscientes desconhecidos geralmente do homem. Muitos indivíduos que alcançaram a castidade absoluta no mundo físico, ao serem submetidos às difíceis provas nos mundos internos, se mostraram terrivelmente fornicários em outros níveis da menteA mente tem muitos níveis e fundos subconscientes e inconsciente desconhecidos geralmente do homem. Muitos indivíduos que alcançaram a castidade absoluta no mundo físico, ao serem submetidos às difíceis provas nos mundos internos, se mostraram terrivelmente fornicadores em outros níveis e profundezas da mente. Grandes anacoretos e santos ermitões descobriram com horror que o Louco do tarô continuava vivo em outros níveis do entendimento, bem mais profundo. O desejo se esconde em todos lugares da mente.
O iniciante precisa aprender a ver e a ouvir sem traduzir. Quando alguém percebe que a mulher existe, comete o erro de traduzir esta percepção em desejo sexual.
Este tipo de desejo logo é esquecido porém ficara vivendo internamente em outros níveis do inconsciente mental. Torna-se urgente aprender a ver e ouvir sem traduzir. A ver sem julgar, mas é urgente e indispensável ver, degustar, ouvir, apalpar, cheirar e tocar com compreensão criadora. Assim aniquilamos as causas do desejo. A árvore do desejo tem raízes que devemos estudar e compreender profundamente. Percepção retilínea e compreensão criadora matam as causas do desejo.
Quando nossa mente escapa da garrafa do desejo, eleva-se aos mundos superiores e vem o despertar da consciência. Normalmente a mente se acha engarrafada no desejo e preponderante libertar a mente.
    Libertando a mente, produz-se o despertar da consciência. É necessário viver em estado de alerta se queremos terminar com as causas do desejo. É urgente viver em estado de alerta. O EU é um sábio que armazena conhecimentos fantásticos e somente pela técnica de meditação interna podemos evoluí-lo.
    Quando descobrimos um defeito e o compreendemos profundamente em todos os níveis da mente, desintegramos um defeito, aparece logo algo novo, seja uma palavra de paz, alguma iniciação cósmica, um grau esotérico, um mantra, um poder secreto, e assim vai, e desta forma pouco a pouco enchemo-nos com a verdadeira sabedoria. A soma cabalística do arcano dá-nos o seguinte resultado:

     2 + 1 = 3
    Um é KETHER (Pai)
    Dois é CHOKMAH (Filho)
    Três é BINAH (Espírito Santo)

Este é o resplandecente Dragão da Sabedoria de todo o homem que vem ao mundo. Todo aquele que aprende a dissolver o seu EU psicológico (Louco do Tarô) encarna o resplandecente Dragão da Sabedoria. Quem o encarna, torna-se de fato um mestre.

A CONVIVÊNCIA

Não é nos isolando de nossos semelhantes que podemos descobrir nossos defeitos. Somente com a convivência nos auto descobrimos. Na convivência podemos surpreender nossos defeitos porque nesses momentos eles se afloram em nossa personalidade humana. Na convivência social existe o auto descobrimento e também a auto realização. Quando descobrimos um defeito, devemos analisar intelectualmente e depois compreende-lo nos distintos departamentos da mente com a técnica da meditação. Através da meditação, com o ânimo de compreende-la profundamente. Não esqueçam, a meditação deve combinar com o sono. Assim em visão profunda, tornamo-nos conscientes daquele defeito que estamos tentando compreender. Uma vez dissolvido o defeito, surgirá algo novo em nós.

  INTUIÇÃO

    A intuição é a Flor da Inteligência e se desenvolver conforme vamos dissolvendo o Louco do Tarô.
    A intuição e a compreensão substituíram a razão e o desejo. Sendo que os dois são subprodutos do EU psicológico. A intuição permite-nos a entrada no mundo dos deuses inefáveis, ela permite que penetramos no passado, no presente, e no futuro. Permite ainda que penetramos no profundo sentido das coisas. Todo intuitivo converte-se em um sábio profeta.
 
PRÁTICA PARA DESENVOLVER A INTUIÇÃO

    O médium respeitoso e fiel ao caminho do meio deve intensificar o desenvolvimento da intuição, esta faculdade faz parte de outras faculdades que residem no chacra coronário. Este chacra, que se manifesta como um terceiro olho, brilha na glândula Pineal e é o assento da alma. Os velhos sábios dos antigos tempos jamais ignoravam que a glândula Pineal fosse um pequeno tecido vermelho e cinza, localizada na parte posterior do cérebro.
Eles conheceram o hormônio segregado por esta glândula muito bem, que tão intimamente relacionado está com o desenvolvimento dos órgãos sexuais. Esta glândula degenera depois da maturidade em tecidos fibrosos que não segregam, então chega a impotência.
Nisso, existe um pequena e única exceção, o médium estudioso que trilha pelo caminho do meio, aquele que não tem pendências com a diversidade espiritual do mundo negro. O centro da polividência intuitiva está contido dentro da glândula Pineal. A intuição manifesta-se no coração na forma de pressentimentos, contudo, na glândula Pineal, estes pressentimentos convertem-se em imagens intuitivas. É importante que o iniciante pratique poderoso mantra que aflora a intuição. Que é o seguinte:

T R R R I I I I I I I I I I I I I I N N N N N N N N N N N N N N N

    Prolongue o som da vogal I e da consoante N, dando ao mantra uma entoação semelhante a uma campainha.
    O médium iniciante submerso em perfeita meditação e com a mente em branco deverá inundar-se de um grande silêncio. Deverá mentalmente entoar este mantra sagrado, o qual poderá ser entoado quantas vezes quiser. Procure manter-se em silêncio e deverá sentir o eco do mantra em todo o corpo físico.  



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