terça-feira, 2 de outubro de 2012

21º Tema - Curso Online - Módulo 5


XX  ARCANO DO TAROT É a   representatividade do JUÍZO.
   Um anjo toca a trombeta e os mortos   escapam de suas sepulturas. Neste arcano   revivem um homem, uma mulher e um   menino. Eis aí o ternário maravilhoso.   Não vamos continuar com a símbolo   hebraico no estudo deste arcano. Se   realmente queremos chegar aos mestres ressurrectos, concentremo-nos judiciosamente no fato da ressurreição. Costuma-se perguntar: Como alguém chega a ressurreição ? Como alguém não alcança a ressurreição ? Como se triunfa e como se fracassa ?  Chega-se a ressurreição trabalhando o nosso interior sem derramar jamais o Vaso de Hermes. Quem derrama o Vaso de Hermes nunca chegará à ressurreição. Triunfa-se quando não existe cobiça e quando há cobiça, se fracassa.
COBIÇA

    Há dois gêneros de cobiça. A cobiça pelo dinheiro e a cobiça pelos poderes ocultos. Existe a cobiça pelo dinheiro, sempre que o desejamos com propósitos psicológicos. E não para atender corretamente nossas necessidades físicas. Muitos querem dinheiro para com ele ganhar prestígio social, fama, altas posições. Não há cobiça quando conseguimos dinheiro com o propósito único de atender nossas necessidades físicas.
Torna-se necessário descobrir onde termina a necessidade e começa a cobiça.
    Existe a cobiça de poderes ocultos quando queremos resultados. Aquelas que só querem resultados são cobiçosos. Aqueles que andam por aí acumulando teorias, buscando poderes. Hoje em um templo, amanhã em outro. Estão engarrafados na garrafa da cobiça. A mente engarrafada na cobiça é instável.
    Vai de loja em loja, de templo em templo, seita em seita sempre sofrendo, sempre desejando poderes, luz, sabedoria, iluminação sem jamais conseguir nada porque o instável não poderá nunca compreender o estável, o permanente, o divino. Apenas DEUS compreende a si mesmo. A mente presa na garrafa da cobiça é incapaz de compreender as coisas que estão fora da garrafa. Os cobiçosos querem engarrafar a DEUS e por isso andam de templo em templo, sempre desejando inutilmente, porque DEUS ninguém pode engarrafar. Quem quiser trabalhar na grande obra do Pai, quem quiser trilhar o caminho do meio deve abandonar a cobiça. O médium vaidoso, cobiçoso abandona o templo, quando em seu caminho encontra outro templo, ainda que este seja realmente trevas. Os tipos cobiçosos retiram-se do caminho do meio. Muitos são os que começam o sacerdócio, poucos são os que terminam. Os mestres ressurrectos podem ser contados nos dedos.
Conhecemos um discípulo de Cagliostro, um tal Jerônimo, que trabalhava na grande obra. Este homem foi adquirindo poderes, iniciações, túnicas, capas, mantos de distinções, espada, era de admirar o progresso de Jerônimo. Tudo andava bem até o dia que teve a debilidade de contar o seu segredo a um amigo ocultista. Este, horrorizado pela não ejaculação do Ens Seminis, repreendeu seriamente a Jerônimo e qualificou-o de bárbaro, aconselhou-o a derramar o Vaso de Hermes e instruiu-o dizendo que no instante supremo do espasmo tinha-se de assumir mentalmente uma atitude edificante. Essencialmente edificante, derramando em seguida diz que muito santamente o Vaso de Hermes. Assim era, disse, como se trabalhava na grande obra.  Jerônimo, o discípulo do Conde Cagliostro, que não era verdadeiramente um homem forte como foi a grande Copta, deixou-se convencer pela razão da irracionalidade, derramou o vaso sagrado. Assim foi perdendo sucessivamente mantos, espada, túnica, graus, cetro e coroa. Essa foi a fatalidade. O Arcano XVI fulminou Jerônimo com o raio terrível da Justiça Cósmica.
TRÊS TIPOS DE RESSURREIÇÃO

    Assim como nos três tipos básicos de energia: masculino, feminino e neutro, assim há três tipos de ressurreição:
     1) Ressurreição Espiritual Iniciática.
     2) Ressurreição com o corpo da Libertação
     3) Ressurreição com o corpo Físico
 
    Ninguém pode passar pelo segundo ou pelo terceiro tipo de ressurreição sem antes ter passado pela ressurreição espiritual. Consegue-se a ressurreição espiritual com a iniciação. Ressuscitamos espiritualmente primeiro no Fogo e depois na Luz. A ressurreição com o corpo da libertação realiza-se nas Hostes Superiores. Usam-se os melhores átomos do corpo físico para organizar este corpo. Trata-se de um corpo de carne que não vem de Adão, porém cheio de beleza indescritível. Com este corpo do paraíso, os adeptos podem entrar no mundo físico e nele trabalhar. Fazendo-se visíveis e tangíveis a sua vontade.
RESSURREIÇÃO COM O CORPO FÍSICO

    No terceiro dia, o adepto chega diante de sua sepultura onde o corpo físico repousa. O mestre clama por seu corpo e invoca-o. Obedecendo a ordem, o corpo físico escapa do sepulcro aproveitando-se do hiper espaço. A sepultura fica vazia e abandonada as vestes. O corpo ressuscita nos mundos superiores.
    As santas mulheres tratam o corpo do adepto com drogas e ungüentos aromáticos e obedecendo ordens supremas, o corpo ressuscitado penetra na alma do mestre pela cabeça sideral. Eis como o mestre recebe novamente o seu corpo físico. Advertimos que nesse tipo de ressurreição, o corpo físico submerge nos mundos supra sensíveis. Quando um mestre ressurrecto, cujo corpo físico esteve por três dias no santo sepulcro, quer entrar no mundo físico, utiliza o poder da vontade, podendo aparecer e desaparecer onde e quando quiser, instantaneamente.
    Jesus, o Cristo, é um mestre ressurrecto cujo corpo físico esteve no santa sepulcro por três dias, e depois da ressurreição, Jesus apresentou-se ante os discípulos de Emaús em plena jornada e com eles conversou. Depois se apresentou diante de 11 apóstolos e posteriormente diante do incrédulo Tomé, que só acreditou quando colocou o dedo nas feridas do santo corpo do Grande Mestre. Hermes, Cagliostro, Quetzalcoati e muitos outros grandes mestres conservaram os corpos físicos, alguns a milhares e outros a milhões de anos, sem que a morte possa contra eles. São mestres ressurrectos.



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