COMO CONSAGRAR SUA “PEMBA”
Antes devo avisar que pemba tem o poder da vida e da morte, portanto saiba usá-la com sabedoria e prudência.
Antes de adentrarmos no rito da consagração, lhes contarei a estória de pemba.
Tudo começou na África em um lugar perto do Rio de Gambim onde uma tribo de nativos vivia harmoniosamente e como todas as aldeias africanas, detinham sua própria cultura e formas de dialetos. Dentro dos costumes e tradições, o que era tido como mais relevante era a virgindade e o adultério. O crime mais terrível que poderia existir entre eles, conforme a cultura era a falta de lealdade entre os companheiros conjugais. Em hipótese alguma se aceitava a traição pois quem a cometesse, fosse homem ou mulher a pena era a morte.
Nesta aldeia tudo transcorria na paz até que um dia uma jovem fora acusada de adultério e o pior é que se tratava da filha do Sobá. A situação ficou extremamente difícil porque mesmo sendo o chefe desta tribo, a lei teria que ser cumprida. Não houve alternativa, a execução foi determinada, amarraram os pés e mãos da jovem e a lançaram no rio.
A tristeza tomou conta de todos, mas a lei era soberana e não fazia distinção a quem quer que fosse.
Passaram-se semanas até que uma outra jovem desta aldeia, corroída pelos remorsos por ter dado falso testemunho contra a filha do Sobá, confessa ter praticado o adultério.
Aos brados, o Sobá reuniu toda a tribo e os fez saberem que sua filha fora executada inocentemente e de forma enérgica ordenou a execução da verdadeira culpada. De imediato ordenou que encontrasse o corpo de sua filha para que tivesse os funerais tradicionais como era o costume em sua aldeia. Após horas de procura, o corpo da jovem fora encontrado e que para grande surpresa havia sido transformado em argila branca. Hoje chamamos de caulim. Daí surgiu a estória das 11 mil virgens de Angola.
ENSINAMENTOS INICIÁTICOS SOBRE A CONSAGRAÇÃO DA PEMBA
Somente a faça se houver aprovação de sua entidade, mentor ou a do Guardião. Espere até a Lua estar na fase crescente, obedeça ao horário do orixá a quem você estiver pedindo maleme (licença, axé, proteção). Tenha uma gamela conforme a quantidade de pembas que for consagrar. Coloque uma camada de areia do mar, utilize as folhas e a essência conforme já ensinamos.
Nota: a areia do mar deve ser colhida em um canal.
use erva de descarrego se a pemba for consagrada para esta finalidade. Use erva de elevação se a pemba for consagrada para outros tipos de trabalho. A gamela deve ser de madeira
1ª FASE: Você já definiu qual será o Orixá que vai estar evocando, qual a erva, a essência, a fase lunar, já tem o tamanho certo da gamela e a areia do mar.
2ª FASE: Providencie:
as orações (rezas) aos Orixás que estão sendo evocados. Podendo ser lidas, declaradas ou cantadas.
A quantidade de velas e as cores a serem utilizadas.
Com tudo quase pronto, vamos à preparação: Antes de tudo limpe a sua mente, seu corpo (banho de erva de elevação ou descarrego conforme finalidade) e mentalize com clareza qual ou quais os propósitos que serão utilizados com a pemba.
Não se esqueça da advertência inicial: “A Pemba tem o poder da vida e da morte”
nota: Numa consagração de pemba, para que haja o entrecruzamento devemos ter as velas na cor do Orixá que está sendo evocado e 1 ou mais velas para a outra linha de Orixá que irá interagir nesta consagração.
3ª FASE: Tudo está pronto, fase lunar no auge (Lua crescente), pega-se uma gamela e coloca uma camada de areia do mar. Após a esta camada de areia, coloca-se uma camada de ervas (folhas) bem uniformes e em seguida a quantidade de pembas necessárias e logo sobre elas a essência, de maneira que as pembas fiquem quase embebidas. Após a essência coloca-se nova camada de folhas sobre as pembas e finalmente cobre-se com nova camada de areia do mar. Esta fase está pronta.
4ª FASE: Ficará assentada no tempo recebendo luz do Sol e da Lua. O firmamento de velas é importante pois o tempo é exatamente o tempo da entrada da fase lunar (Crescente) até o fim do seu ciclo.
nota: pode usar defumação, pontos cantados, velas e conforme a vibração, oriente-se pelo ponto cardeal também. Volte algumas páginas e saberá de forma detalhada. Quanto a evocação, fica a critério da entidade que a estiver assentando. Lembre-se: Pemba é o bisturi do curador.
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